Entre 6 e 8 de setembro, 2018, houve mais um Congresso da EBTA (European BobathTutors Association) em Brighton, Inglaterra. Deste participaram da ABRADIMENE, as Coordenadoras Instrutoras Seniores Edda de Castilho e Sonia Manacero; a Coordenadora Instrutora Sakae Yokota; as Instrutoras Seniores em Terapia Ocupacional Oacy Veronesi e Pessia Grywac; a Instrutora Sênior em fonoaudiologia Maria Elisabeth Campos; e as candidatas a Instrutora Regina Kacser, Vanessa Madaschi.

Estiveram presentes 150 delegados vindos de 20 países diferentes da Europa, alem dos participantes das associações reconhecidas como membros associados da EBTA, vindos do Brasil (ABRADIMENE), da Argentina (ATEN), da África do sul, e da Austrália. Fomos convidados para participar da Assembleia Geral dos Instrutores da EBTA.

O congresso foi aberto por Christine Barber, diretora do Centro Bobath de Londres que abordou o tema “ Raciocinio clinico atraves das Idades e dos Estágios” mostrando uma visão mais realista do futuro para pacientes com paralisia cerebral, adolescentes e idosos. Neste sentido, o neurologista C. Faihurst apresentou uma parte da NICE (The National Institute for Health and Care), entidade de saúde do governo britânico, a qual foi adaptada especificamente para os portadores de Paralisia Cerebral de todas as idades, até o idoso, que é utilizado em todo o território nacional, com resultados bastante satisfatórios.

Bebes de risco e prematuros foram abordados por Betty Hutchon (terapeuta ocupacional), Sally Jary (fisioterapeuta) a intervenção SMART para bebes de risco sugerindo: propiciar ao neonato como ele deve se auto iniciar nas atividades motoras apropriadas para o seu desenvolvimento e de que maneira ele possa ter a oportunidade de repeti-las, treinando-se; propiciar que o neonato possa se autorregular e apoiar o desenvolvimento de um relacionamento positivo entre pais e bebe. Gillian Kennedy (fonoaudióloga) demonstrou a influencia da experiência sensorial precoce na alimentação no pré-termo e do neonato de alto risco.

Em todas as conferencias destacou-se a importância da família e do meio ambiente na evolução dos pacientes alem dos trabalhos interdisciplinares e multidisciplinares.
Professor Giovanni Cioni, neurologista da Universidade de Pisa, ressaltou as pesquisas sobre neuroplasticidade cerebral reforçando a importância da intervenção precoce no bebe de risco alem das pesquisas em andamento sobre a função visual em relação à parte motora (visão para o alcance), propiciando maior participação da criança com paralisia cerebral em atividades diversas. Finalmente o Congresso foi fechado por Margareth Mayston, mostrando que o “Tratamento Neuroevolutivo – Conceito Bobath é uma teoria para um conceito que tem o potencial de sempre ser atualizavel”. Mayston, 2018.

Queremos parabenizar os pôsteres apresentados pelos autores brasileiros – Claudia Alcântara de Torre e outros, sobre “o efeito do óleo Alpinia Zerumbet (Ziclague) na hipertonia em crianças com paralisia cerebral” e Vanessa Madaschi sobre “Bayley-III Scales of Infant and Toddler Development: Tanscultural Adaptation and Psychometric Properties”.

O local do congresso foi muito bonito e aconchegante, e o congresso foi muito bem organizado. Durante o jantar de confraternização oferecido aos congressistas, foram exibidas fotos de participantes de Congressos anteriores da EBTA, entre as quais vimos as imagens de vários representantes brasileiros – Sonia Gusman (in memoriam), Edda de Castilho e Pessia Grywac Meyerhof – em conjunto com outros congressistas internacionais. Sentimo-nos bastante honradas pela lembrança e prestigio.